Onde a luz é turva
Porque esperamos encontrar respostas para dúvidas que apenas nós saberíamos responder
Crescer dói
Talvez o seu aperto seja um concreto segurando a sua raiz!
Chegou o email mais esperado da sua semana, quem diria que você iria ficar feliz de receber um email, não é mesmo!? E pensar que um dia você julgou seu avô que acordava cedo só para pegar o jornal, seria esse o novo jornal?
Seja bem vindo a minha Newsletter número 3 para você que vem acompanhando e conectando os temas, espero que esteja fazendo sentido e tenha te trazido significância e densidade, em um mundo onde cada vez mais nos perdemos no meio de circustâncias rasas; e pessoas que buscam você para usar de bússola e tentarem se encontrar no meio de sua própria confusão.
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Quando eu senti que meu vaso estava pequeno
Eu buscava relações profundas, talvez esse seja até hoje meu maior desafio. Conseguir falar de forma fluída, sem julgamentos. E aqui eu exponho um dos maiores defeitos que eu possuo… Minha cabeça fica ligada todos os momentos se autoperguntando “isso é útil?” ou “Que papo é esse?”, “Ele sabe do que está falando?”, “Se isso tivesse acontecido, porque você teria parado aqui para me contar?”
Charlatões
Você deve imaginar de quem eu estou falando, a pessoa da vida incrível, que já fez tudo, que se sente completa, que tem tudo oque quer, que está feliz consigo mesmo, que mora na cidade ideal, com sua casa ideal, com seu carro ideal, com três ou seis viagens anuais para a Europa e esbanja uma vida fútil. Ops, perdão por ser sincero.
Foi assim que eu notei que estava em um vaso pequeno
Inúmeras pessoas na minha volta falando sobre conquistas financeiras, conquistas materiais, o quanto seu cachorro estava feliz com o seu sapatinho novo, o quanto a foto que postou agora no Instagram gerou engajamento, o quanto que eu estou sentindo o impacto do treino que meu personal fez comigo hoje. Em todos esses momentos eu apenas conseguia pensar
Talvez daqui para frente seja só sobre você
Talvez o seu tempo dividindo espaço com mais pessoas tenha passado, talvez você deva parar de buscar validação, talvez agora você deva fazer apenas o que você acredita que seja importante pra você. Talvez você deva voltar a acordar com frio na barriga sem saber como ter controle.
Vocês precisam parar de normalizar uma vida ruim
“Minha profissão está ruim, mas tudo bem” ; “Meu namorado não gosta de sair comigo, aí eu fico mais por casa”; “Minha família mora longe da academia, por isso que eu não treino”; “O curso custa 3 mil reais, por isso eu não faço”; “A segunda-feira é ruim, por isso reclamo”…
A gente se acostuma
Sei que a gente se acostuma… Mas não devia! A gente se acostuma morar em apartamento de fundos e não ter outra vista, a não ser janelas ao redor, e por que não tem vista a gente logo se acostuma a não olhar para fora; porque não olhar para fora logo se acostuma não abrir de tudo as cortinas, e por que não abre as cortinas logo se acostuma a acender cedo a luz! E a medida que se acostuma… Esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão! A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado, porque está na hora a tomar o café correndo; porque está atrasado, lê o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem, a comer só sanduíche porque não dá pra almoçar, a saída do trabalho porque já é noite… A cochilar no ônibus porque está cansado, a deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.A gente se acostuma esperar o dia inteiro e ouvir no telefone hoje eu não posso ir, a sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta, a ser ignorado quando precisava tanto ser visto. A gente se acostuma a pagar por tudo que deseja e o que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com o que pagar, e a pagar mais do que as coisas valem, e a saber que cada vez pagará mais e vai procurar mais trabalho para ganhar mais dinheiro, para ter que pagar nas filas em que se cobra.A gente se acostuma à poluição as salas fechadas e o ar-condicionado e cheiro de cigarro, a luz artificial, dirigir o tremor, ao choque que os olhos levam na luz natural, as bactérias de água potável, a gente se acostuma coisas demais! Para não sofrer.E em doses pequenas tentando não perceber vai afastando uma dor aqui um ressentimento ali uma revolta, colar, se a praia está contaminada a gente molha só os pés e sua no resto do corpo, se o cinema esta cheio a gente senta na primeira fila e torce um pouco pescoço, se o trabalho está duro a gente se consola pensando no fim de semana, e se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo; e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado, a gente se acostuma pra não se ralar na aspereza, para preservar a pele! Se acostuma para evitar feridas sangramentos para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida que aos poucos se gasta e se gasta de tanto se acostumar e se perde de si mesma
Talvez agora seja a hora
Ninguém vai te falar que o vaso está pequeno, porque normalmente estas pessoas estão no mesmo vaso que você, ninguém vai te dizer… “Eu sou muito fútil para você manter uma relação comigo com base no que você quer para o seu futuro". Tudo isso vai depender de você, e vocês já sabem qual foi minha decisão.
A primeira sensação da minha família quando eu saí de casa era que eu iria estragar minha vida
A primeira sensação foi de dúvida e receio, e olha que minha mãe nasceu em uma cidade do interior do Rio Grande do Sul chamada Boa Esperança (pertence ao municipio de Rolante) que tinha em torno de 150 habitantes e ela se mudou para minha cidade natal, Sapiranga (RS) que já tinha pelo menos seus 30-40 mil habitantes. Quando chegou minha vez de sair de Sapiranga (RS) para Salvador (BA) o sentimento foi de insegurança.
Ninguém é responsável a te ajudar a tangibilizar seu sonho
Eu demorei para entender isso, mas eu esperava de forma singular que as pessoas conseguissem me ajudar, que meus pais se interessassem em meus projetos, que meus amigos vissem sentido na forma que eu levava a vida, que eles me acompanhassem nas leituras, que vissem o mundo como eu, que meus professores entendessem a inovação de meus projetos e assim por diante.
A sua jornada é só para você
Lendo o livro Flow teve uma frase que eu vou parafrasear por não lembrar ao certo como foi redigida e por quem, mas era sobre alguém que perguntava algo do tipo “Como tornar o mundo um lugar um pouco melhor?” E a resposta foi “Comece resolvendo suas próprias confusões internas, assim teremos um idiota a menos".
Não é legal ter paranóias, ser corno, ter ciúmes excessivos e não conseguir dormir por tamanha ansiedade, não conseguir ter um dia de trabalho completo porque você simplesmente se distrai… Dito isso, esses problemas são seus. E talvez esteja na hora de se responsabilizar, se auto conhecer e se olhar no espelho tentando resolver os problemas que você tem do corpo pra dentro.
Escolha o seu jardim
Eu escolhi sair de Sapiranga porque eu me sentia um Pica-pau sem madeira, porém em uma cidade cheia de abelhas e colméias. Ainda assim, não era de pólen que eu me sentia feliz, após isso foi um problema meu, pesquisar Brasil afora. Da mesma forma que se a casa de seus pais não é ideal para você, talvez seja a hora de sair, talvez seja a hora de ir pra outra cidade, etc.
Não se minimize
Chegando próximo ao fim quero deixar outro desafio, que tal pegar seu mapa da semana passada com os pontos que retornaram sobre o seu status atual e pensar da seguinte forma: “E se isso fosse 10x melhor?” Se desafie a ser 10 vezes melhor, até que você já seja perfeito, e se o ambiente não funcionar, seus amigos não te apoiarem, não der like no seu storie. Continue! Porque daqui pra frente você não vai se acostumar com uma notificação para saciar sua carência, o que vai saciar você será sua autorealização de estar no controle da sua vida.
Você pode fazer esse exercício copiando o link do FigJam onde criei este template, acesse ele clicando aqui se tiver qualquer dificuldade com isso pode me contatar :)
Espero que você tenha gostado dessa edição, nos vemos em breve com você fora de um vaso que impede suas raízes de crescerem e vamos aos poucos, nos tornando cada vez um pouco melhor, não esqueça que se você acompanhar este artigo pelas próximas 49 semanas e se questionar apenas duas vezes enquanto lê um destes textos, você terá feito em torno de 104 auto-questionamentos. Me parece razoável, não?
Bora pra ação!
Para eu ter motivação de fazer os outros 49 artigos que tal deixar aqui seu email para receber estes textos quentinhos todas as segundas-feiras às 9 horas da manhã?
Eu mesmo organizo para você ficar sabendo? Além disso, se esse texto fizer sentido para alguém, compartilhe, fale aqui o que achou desse assunto e vamos para mais uma semana :)
Grande Abraço,
Enzo.