Você prefere morrer queimado ou afogado?
O mito de Ícaro e porque eu, assim como ele, prefiro optar pelo fogo do que a água. E o que isso tem a ver com o nosso desejo em superar limites e o futuro do trabalho.
Desde quando comecei minha jornada, muito antes de escrever artigos, eu sempre falei sobre o que, para mim, denominava como “Efeito Catapulta”. Essa é uma tese minha de que “crescer por escada” já passou e passado a gente guarda no museu.
Seu filho vai ser um fracasso se você optar por instruí-lo a seguir seus passos, dessa mesma forma, entendi que seria um fracasso se seguisse os passos dos meus pais. O que foi sucesso na última década, não será sucesso daqui para a frente, então para de pensar em assumir carreiras familiares, empresas ou até mesmo viver como se soubesse o que está fazendo.
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Eu não sei o que seus pais te disseram quando você nasceu sobre o futuro do trabalho, mas eu tenho certeza que muito pouco do que eles falaram ainda faz sentido, tudo bem você ter esse zelo, mas daqui pra frente, tudo vai mudar muito rápido. Já deve ter percebido, não? E hoje quero te contar o que Ícaro tem a te ensinar com isso.
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Dédalo e o Labirinto
Hoje vai ser um dia em que vamos aprender um pouco sobre história antes de entrarmos em insights relevantes. Então peço, caro leitor, que você leia com atenção e paciência.
Dédalo era um dos maiores inventores e artesãos da Grécia Antiga. Originário de Atenas, ele era conhecido por sua engenhosidade e habilidades técnicas, sendo capaz de criar obras magníficas e complexas. Por sua fama e talento, foi convocado pelo rei Minos, governante da Ilha de Creta, para projetar e construir um labirinto impenetrável destinado a aprisionar o Minotauro, uma criatura metade homem, metade touro, nascida da união da rainha Pasífae, esposa de Minos, com um touro sagrado.
O labirinto, com seus corredores intrincados e sem saída, foi uma das criações mais notáveis de Dédalo. Nele, o Minotauro vagava, incapaz de escapar. No entanto, ao ajudar Teseu, o herói ateniense, a matar o Minotauro e escapar do labirinto com a ajuda de Ariadne (filha de Minos), Dédalo caiu em desgraça com o rei.
A Prisão de Dédalo e Ícaro
Como punição por sua traição, Minos aprisionou Dédalo e seu filho Ícaro em uma torre em Creta, sem meios de fuga. No entanto, a genialidade de Dédalo não poderia ser confinada por muito tempo. Observando os pássaros voando ao redor da torre, ele concebeu uma solução: criar asas artificiais para ele e seu filho, que permitiriam que ambos escapassem da ilha. Ele recolheu penas e utilizou cera para fixá-las em uma estrutura, criando asas suficientemente grandes e funcionais.
O Aviso de Dédalo
Antes de partirem em sua fuga, Dédalo advertiu Ícaro com seriedade. Explicou que o voo deveria ser cauteloso e controlado: Ícaro não deveria voar nem muito baixo, para que as asas não fossem encharcadas pelo mar, nem muito alto, pois a proximidade do sol poderia derreter a cera que mantinham as asas unidas. Essa instrução era essencial para a segurança de ambos, pois o equilíbrio era a chave para o sucesso da fuga.
A Fuga e a Queda de Ícaro
Dédalo e Ícaro, equipados com suas asas, lançaram-se ao céu e iniciaram a fuga da prisão de Creta. Por um tempo, tudo parecia perfeito. Eles conseguiam voar livres sobre o mar Egeu, com o vento nas costas e a liberdade à vista. No entanto, enquanto Dédalo mantinha o curso estável, Ícaro começou a sentir uma euforia crescente. A sensação de voar, algo que nenhum mortal havia experimentado, o tomou de forma avassaladora.
Deslumbrado pela liberdade e pelo poder que sentia enquanto voava, Ícaro se esqueceu dos conselhos de seu pai. Ele começou a ir mais alto, em direção ao sol, buscando alcançar novos patamares. Conforme subia, o calor do sol aumentava, aquecendo as asas feitas de cera e penas. O resultado foi trágico: a cera começou a derreter e as asas de Ícaro desmoronaram lentamente.
Sem o suporte de suas asas, Ícaro desceu em queda livre. Gritou por seu pai, mas era tarde demais. Ícaro despencou do céu e caiu no mar, onde morreu afogado. O local onde seu corpo caiu ficou conhecido como o mar de Ícaro, em homenagem à sua morte trágica.
Os valores invisíveis que movem o mundo
Na sociedade moderna, tendemos a enxergar o dinheiro como a principal moeda de troca. Ele paga contas, compra bens e, muitas vezes, é visto como a métrica de sucesso. Mas, em um nível mais profundo, as verdadeiras moedas que movem nossas vidas são muito mais complexas. Elas envolvem fatores intangíveis e extremamente valiosos que, quando utilizados estrategicamente, podem nos ajudar a alcançar objetivos, gerar impacto e viver uma vida mais equilibrada. Essas moedas humanas incluem tempo, dinheiro, esforço físico, esforço mental e paciência. Cada uma delas tem seu valor próprio e, o equilíbrio entre elas é o que realmente determina o sucesso a longo prazo.
Tempo: A Moeda Irrecuperável
Entre todas as moedas humanas, o tempo é a mais preciosa. Ele é a única que não pode ser recuperada ou renovada. Todos os dias, gastamos uma parte do nosso tempo em atividades, decisões e interações.
A forma como utilizamos o tempo é o que define nossas conquistas, a qualidade de nossas relações e até mesmo nosso bem-estar. Saber onde investir o tempo é crucial para alcançar o sucesso e, muitas vezes, gastá-lo sabiamente é mais valioso do que qualquer quantia de dinheiro.
No mundo moderno, com distrações constantes e a pressão de ser produtivo, aprender a gerenciar o tempo é uma habilidade essencial para qualquer pessoa que queira maximizar seu impacto.
Dinheiro: O Poder de Potencializar Resultados
O dinheiro, enquanto uma moeda tradicional e tangível, funciona como um facilitador, permitindo acesso a recursos, oportunidades e conforto. Ele não é o único caminho para o sucesso, mas pode amplificar os resultados quando bem utilizado.
Dinheiro compra conhecimento, ferramentas, experiências e pode liberar tempo, contratando profissionais ou delegando tarefas. Entretanto, sua importância precisa ser balanceada. Muitas vezes, a busca desenfreada por dinheiro nos faz perder de vista o valor de outras moedas como o tempo e a paciência. Na verdade, o dinheiro deve ser visto como uma ferramenta, não como o objetivo final.
Esforço Físico: A Base da Conquista Tangível
O esforço físico é uma moeda mais antiga que qualquer economia.
Desde os primórdios, o ser humano precisou do esforço físico para sobreviver e prosperar. Hoje, embora muitos trabalhos sejam menos físicos e mais intelectuais, o esforço físico ainda desempenha um papel crucial em muitas áreas de nossas vidas. O exercício, o trabalho manual e a resistência física nos ajudam a alcançar objetivos tangíveis.
O esforço físico também está intimamente ligado à saúde, ao bem-estar e à energia, permitindo que continuemos investindo nas outras moedas. Quando nos esforçamos fisicamente, estamos construindo a capacidade de persistir em tarefas difíceis e de aproveitar nossa saúde para o longo prazo.
Esforço Mental: A Moeda da Inovação e Criatividade
O esforço mental é a moeda que alimenta a inovação, a resolução de problemas e a criatividade. Nosso cérebro é uma das ferramentas mais poderosas que temos, e a maneira como o utilizamos para pensar, aprender e criar pode moldar nosso destino. Investir em esforço mental significa dedicar tempo e energia para expandir nosso conhecimento, desenvolver novas habilidades e resolver problemas complexos. No entanto, é uma moeda limitada.
Nosso cérebro tem limites, em termos de concentração e resistência, o que exige uma gestão cuidadosa do esforço mental. O burnout pode ser tão prejudicial quanto o esgotamento físico e saber quando e como descansar é crucial para maximizar essa moeda.
Paciência: A Moeda do Longo Prazo
A paciência talvez seja a mais subestimada das moedas humanas.
No mundo acelerado de hoje, a capacidade de esperar e cultivar resultados ao longo do tempo é cada vez mais rara. No entanto, a paciência é a chave para o sucesso sustentável.
Muitas das conquistas mais significativas exigem tempo, esforço contínuo e a capacidade de tolerar períodos de incerteza e dificuldade. A paciência é o que nos permite seguir em frente, mesmo quando os resultados não aparecem de imediato. Sem ela, corremos o risco de abandonar projetos, relacionamentos e metas importantes antes que floresçam.
[Método de Crescimento]
Escadinha Vs Catapulta
Fiz esse rabisco rápido para te explicar minha forma de crescer como profissional.
Vamos começar explicando como eu resumi nossa vida. Nascemos próximo ao emoji do bebê, morremos próximo aos 70 anos. Cada circulo representa uma década de vida. Neste exemplo pensei em alguém que morre aos 70 anos e consegue ter o ensino superior completo, que atualmente têm se tornado algo comum.
Método Escadinha
Desde novo, notei que todos buscamos a "década de ouro", um momento de auge profissional e pessoal em que conseguimos crescer precificando bem nossa hora por um longo período de tempo. O problema? Levamos muito tempo para chegar nisso, em torno de 30 anos, pelo menos.
Tornou-se comum o número de pessoas que, com 30 anos, ainda está longe da década de ouro. Logo após, em torno de 10 anos dando tudo de nós mesmos, a tendência é nos sentirmos sugados e optarmos por desacelerar. Desacelerando é comum nunca mais ser possível criar nada relevante. E assim se inicia o que chamo de “Declínio profissional".
É comum, nesse segmento, todos te estimularem a ter sentimento de impostor sobre si mesmo, você nunca vai se sentir pronto! Sempre vai precisar de uma nova pós, um novo mestrado, um novo ano no mesmo emprego, etc. Você nunca vai se sentir pronto para começar nada por não se sentir capaz.
Resumo:
Pouco esforço mental;
Médio esforço físico;
Alta paciência;
Médio retorno financeiro;
Alto investimento de tempo.
Método Catapulta
Esse é o método que eu acredito e aplico na minha vida. Funciona de uma forma simples. Você se visualiza na próxima década e começa a fazer hoje o que deveria estar começando a fazer muitos anos à frente. Quer um exemplo?
Com 16 anos comecei a escrever um Trabalho de Conclusão de Curso para meu projeto Sala de aula 2.0 que, ao fim do ensino médio, tinha mais de 288 páginas, contendo dois experimentos laboratoriais, uma sala de aula reformada para objeto de estudo, 32 testes aplicados em formato de experimento com grupo teste e 6 móveis. Minha idade na época? 17 anos. Quantos graduandos de Design nunca criaram algo desse tamanho?
Seu valor = Trazer ao momento presente o que você faria daqui uma década.
Você faz como Ícaro: voa para o sol! Tenta a cada ano adiantar seus próximos 10 anos todos para entregáveis naquele respectivo ano. Aos poucos o resultado aparece. Em 10 anos você estará 100 anos à frente.
Resumo:
Alto esforço mental;
Médio esforço físico;
Baixa paciência;
Alto retorno financeiro;
Baixo investimento de tempo.
Não morra como Ícaro, mas entre o sol e o fundo do oceano, opte pelo sol.
Ao longo da minha jornada, entendi que o crescimento profissional e pessoal não se dá mais de forma linear, como subir uma escada, mas sim de forma acelerada, como uma catapulta.
Assim como no mito de Ícaro, em que o desejo de voar mais alto trouxe consequências trágicas, precisamos aprender a lidar com a ambição e as novas oportunidades de forma estratégica, sem nos perdermos no processo.
O que funcionou para as gerações anteriores, não necessariamente funcionará para a nossa, e, como pais que esperam que os filhos sigam seus passos, precisamos entender que o mercado de trabalho de hoje e do futuro exigem uma nova mentalidade.
Na Fato Impacto, acreditamos que o sucesso no futuro do trabalho não virá apenas de "voar alto", adotando a última inovação ou perseguindo o reconhecimento. Ele virá de um equilíbrio entre inovação e prudência, entre o impulso de avançar e a estratégia de longo prazo.
O mundo está mudando mais rápido do que nunca, com a inteligência artificial e novas tecnologias redesenhando o mercado e, aqueles que não souberem onde e como investir seu tempo, esforço e dinheiro, poderão enfrentar uma queda similar à de Ícaro. E não tentar voar e ficar no Método Escadinha é similar a morrer no fundo do oceano.
O mercado de trabalho do futuro exige adaptação constante, mas também clareza. Precisamos saber quais problemas estamos resolvendo e como nossas ações geram valor.
A Fato Impacto é a comunidade que entende essa dinâmica e se posiciona como um guia para profissionais e empreendedores. Nossa missão é fornecer os insights, as ferramentas e a rede de apoio necessária para que você possa não apenas inovar, mas fazê-lo de forma sustentável e com propósito.
Assim como Dédalo ofereceu asas a Ícaro com uma advertência clara, nós oferecemos o conhecimento e as estratégias para que você possa crescer e impactar o mercado, sem se perder pelo caminho.
Na Fato Impacto, nosso objetivo é garantir que você voe alto, mas que também tenha a sabedoria e o equilíbrio necessários para permanecer no topo, sem as quedas que podem ocorrer por falta de direção.
Recentemente, cunhei a frase “Rumo a 2502!” porque acredito que o futuro irá mudar tão rápido que será possível que eu viva por pelo menos 500 anos, mas a abundância estará para aqueles que souberam ser rapidamente relevantes, rapidamente geraram impacto.
E eu tenho uma forma muito direta e simples para entender se você está pronto ou não para o futuro. Nos próximos 10 anos, quando você olhar para o que está fazendo hoje, terá se catapultado ou terá vergonha do que está fazendo?
Na dúvida, vá ao Sol! Na dúvida, se catapulte!